Agora,
veja alguns exemplos de como escrever os parágrafos de desenvolvimento:
Causa
- Consequência: Para criar argumentos e tentar provar
suas ideias, você pode apresentar as causas e motivos que o levaram a defender
tais ideias. Em seguida, pode falar sobre os efeitos, as consequências desse
posicionamento. É mais comum que as causas sejam colocadas em um parágrafo de
desenvolvimento e as consequências em outro.
Exemplificação:
A maneira mais fácil de desenvolver uma dissertação acontece por meio da
exemplificação. Dessa forma, você pode se basear em fatos reais para defender
sua posição em relação ao tema proposto. Mas lembre-se que tais exemplos serão
base de sua argumentação. Portanto, faça uma boa escolha.
Provas
e dados estatísticos: Por meio do uso de dados estatísticos
publicados por institutos de pesquisa reconhecidos ou órgãos públicos fica
muito mais fácil comprovar sua posição diante do tema. Mas evite valores
precisos. Prefira expressões vagas como: a maioria, a minoria, mais da metade,
uma grande parcela...
Autoridade
no assunto: Você pode defender seu posicionamento citando uma
autoridade no assunto, ou seja, um especialista, um estudioso que mantém uma
opinião semelhante a sua. Mas tenha cuidado ao escolher a tal personalidade!
Não adianta citar um rockstar para sustentar sua posição sobre a má qualidade
do saneamento básico no Brasil. Não que essa personalidade não seja capaz de
ter uma boa opinião sobre o tema, mas no caso da sua redação é mais seguro
escolher um real especialista da área.
Prós
e contras: É também, juntamente com a exemplificação, uma das
formas mais simples de desenvolver a sua dissertação. Nesse caso, o jeito mais
fácil é explicar os pontos positivos em um dos parágrafos e os pontos negativos
no outro.
Trajetória
histórica: Essa forma de desenvolvimento também é muito
simples. O mais usual é que os acontecimentos do passado sejam citados em um
dos parágrafos e os acontecimentos da atualidade em outro. Dessa forma, o leitor
poderá fazer comparações.
A
conclusão como já falamos, é a parte
final da dissertação. Seu objetivo é retomar a tese exposta na introdução e
apresentar um resumo das ideias da sua redação. Antes mesmo de começar a
escrever seu texto, é muito importante que você saiba aonde quer chegar, pois
dessa forma poderá organizar e planejar seus argumentos.
Em
vista disso, é aconselhável que você faça pelo menos um pequeno rascunho do que
vai ser a conclusão antes de começar a construir a introdução.
Proposta
de intervenção: Na minha opinião, é a melhor forma de
se concluir uma redação. Nesse caso, você deverá apresentar uma proposta de
intervenção, uma solução para o problema que está sendo discutido. Se você
escolher esse tipo de conclusão, tente ir além daquelas fórmulas prontas:
"a sociedade deve ser conscientizada", "devem ser organizadas
campanhas e atividades educativas", "a sociedade precisa se
unir"...
Síntese
/ pequeno resumo: A maneira mais fácil de concluir uma
redação é escrevendo uma espécie de resumo do que foi argumentado no desenvolvimento
a fim de confirmar a tese que foi exposta na introdução.
Final
surpreendente: Nesse caso, você pode usar, por
exemplo, uma citação famosa, um fato histórico ou uma piada para concluir sua
dissertação, a fim de provocar uma reflexão sobre o que foi dito durante a
redação.
O
que NUNCA fazer na redação
Fuga
ao tema: Este é bem óbvio, todo mundo sabe que deve
respeitar o tema da proposta de redação. Entretanto, alguns candidatos dão uma
'viajada legal': começam explicando uma coisa aqui, outra ali, vão comparando
isso com aquilo, e, quando param para analisar o texto, percebem que fugiram ao
tema, mesmo que parcialmente. Neste caso não tem saída mesmo. O jeito é dobrar,
quero dizer, triplicar a atenção enquanto estiver lendo a proposta e escrevendo
seu rascunho.
Desrespeitar
os direitos humanos: De nada adianta entender a proposta de
redação e usar 'argumentos' preconceituosos ou fazer apologia ao crime.
Não
estar atento às atualidades: Procure ler muitos livros,
revistas e jornais, pois isso certamente vai te ajudar muito na hora de
formular seus argumentos. Lembre-se que você deverá provar ao corretor que já
está familiarizado com o tema.
Escrever
a redação oficial com lápis.
Dar
adeus à gramática: Alguns corretores até podem não pegar
pesado se você esquecer um acento agudo lá no meio do texto. Mas, não abuse da
sorte; se não tem certeza de como se escreve determinada palavra, é melhor
utilizar um sinônimo. O mesmo cuidado vale para a concordância.
Exagerar
nas rasuras/ usar corretivo: Errar é humano e você não vai ser
reprovado só porque, em um momento de desatenção ou ansiedade, acabou errando
uma palavrinha (se foi reprovado, não foi só por causa de uma rasura). Mas
preste atenção na hora em que for transcrever sua redação para a folha oficial,
a fim de não acabar exagerando nas rasuras. Acima de tudo, procure manter a
calma, pois a maior causa desses erros é a ansiedade. Caso você erre uma
palavra, basta passar um tracinho (apenas UM) em cima dela. Jamais use
corretivo, pois além de ficar muito feio visualmente e nem de longe resolver
seu problema com a rasura (na verdade piora), muitas redações podem - e vão -
ser zeradas por causa disso.
Letra
ilegível: A questão aqui não é ter uma letra bonita, mas sim
legível. O corretor não vai parar para analisar se a sua letra é redondinha o
suficiente, ele quer apenas compreender o que você escreveu.
Desenhar
ou deixar recados na folha oficial de redação.
Copiar
parte dos textos motivadores.
Não
respeitar as margens.
"Viver
no limite": Não faça nem o mínimo, nem ultrapasse o
limite máximo de linhas na sua redação. Aqui também vale lembrar que você deve
manter uma letra regular, ou seja, não comece escrevendo o texto com uma letra
imensa e, de uma hora para outra, passe a escrever o texto com letra pequena. É
enquanto você escreve o rascunho que deve analisar se vai sobrar ou faltar
espaço.
Desrespeitar
a estrutura da redação: Se a universidade pediu uma
dissertação, você escreve uma dissertação. Se ela pediu uma carta
argumentativa, é uma carta que você vai escrever. Parece simples, não é? Porém,
existem estudantes que gostam de viajar nesse sentido. Alguns começam a
escrever poemas, rimar frases, narrar historinhas... Acredite ou não, eu já
tive que 'corrigir' uma fábula!
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