domingo, 30 de maio de 2010




UNIVERSIDAD DE LOS PUEBLOS DE EUROPA
CONSORCIO UNIVERSITARIO EUROAMERICANO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO
MESTRANDA: Willdeana Maria Luiz







Trabalho apresentado ao curso do Mestrado
em Educação Universidad de Los Pueblos
de Europa – Consórcio Universitário Euro-
americano como pré- requisito para a apro-
vacão na disciplina de Gestão de Planeja –
mento e Avaliação de Aprendizagem.










Goiânia-GO
Fevereiro de 2010


AVALIAÇÃO DE SISTEMAS ESCOLARES E DE ESCOLAS

RESUMO: A ênfase em processos de avaliação é hoje considerada estratégica como subsídio indispensável no monitoramento das reformas e das políticas educacionais. Não há País no mundo preocupado em aumentar a eficiência, a eqüidade e a qualidade do seu sistema educacional que tenha ignorado a importância da avaliação como mecanismo de acompanhamento dos processos de reforma. Cada vez mais atribui-se relevância tanto à avaliação institucional em suas diferentes dimensões como em relação à avaliação de resultados. Segundo Libâneo “A avaliação é um termo geral que diz respeito a um conjunto de ações voltadas para o estudo sistemático de um fenômeno, uma situação, visando emitir um juízo valorativo.” “ A avaliação supõe uma coleta de dados e informações, por meio de diferentes instrumentos de verificação.” Casassus ( 1997 ) “Deve ficar clara a distinção entre a avaliação do sistema e a avaliação do aluno.” A simples observação do recente debate sobre indicadores educacionais mostra as transformações por que vêm passando a produção de informações a respeito da situação dos diferentes níveis dos sistemas de ensino.



PALAVRAS-CHAVE: Avaliação, escolas, sistemas escolares, qualidade, estratégias,
reformas, juízo valorativo.



O Capítulo Xll do livro “Organização e Gestão da Escola. Teoria e Prática”, intitulado “AVALIAÇÃO DE SISTEMAS ESCOLARES E DE ESCOLAS” de autoria de José Carlos Libâneo, aborda os conceitos de avaliação em suas definições no campo da educação. Com a acentuação das análises das relações entre a educação e desenvolvimento econômico, com a globalização da economia e a acelerada revolução tecnológica, as organizações financeiras internacionais voltam-se para o planejamento das políticas educacionais dos países a fim de ajustá-las às exigências da produção de consumo. Faz-se cada vez mais necessária a distinção entre a avaliação do aproveitamento escolar dos alunos e a avaliação institucional.


Na avaliação dos sistemas de ensino o objetivo é fazer um diagnóstico mais amplo do sistema escolar e do conjunto de escolas, em âmbito nacional ou regional, visando a reorientar a política educacional. A avaliação institucional é uma função primordial do sistema de organização e gestão dos sistemas escolares e das escolas. A avaliação acadêmica visa à produção de informações sobre os resultados da aprendizagem escolar em função do acompanhamento e revisão das políticas educacionais, do sistema escolar e das escolas, tendo em vista formular indicadores de qualidade dos resultados do ensino.


As políticas educacionais em âmbito internacional passam por intensas mudanças. A ordem é sintonizar os sistemas educacionais ao modelo neoliberal. A tendência das reformas educativas é de reagregar a educação à economia numa versão modificada em relação ao que propunha os economistas da educação. Surgiram as reformas educativas em vários países do mundo. No Brasil, (1978-1998). Foram formuladas em boa parte pelos organismos internacionais como o ( BIRD), o (FMI ), o ( BID), além da ( Unesco ).



Ao destacar a educação como uma das suas prioridades, o governo federal tratou de implementar, no período 1995-1998, um consistente sistema de informações educacionais, abrangendo todos os níveis de escolaridade. Implantou-se um sistema de informações quantitativas e qualitativas que vem permitindo subsidiar as ações dos diferentes níveis de governo, bem como indicar tendências que sinalizem as mudanças em curso. O Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIEd), gerenciado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), é responsável pela disseminação dos resultados do censo escolar, censo do ensino superior, censo do professor, avaliação da educação básica, exame nacional de cursos, além de informações sobre o gasto e financiamento da educação, perfil dos egressos do ensino médio e características socioeconômicas e culturais dos graduandos de nível superior.


Os principais resultados obtidos nos censos educacionais, o comportamento dos indicadores de fluxo e eficiência do sistema educacional na última década, a avaliação do desempenho dos alunos e algumas tendências que tais resultados indicam para os próximos dez anos. Com todas as cautelas necessárias, o exame das tendências é bastante modesto e está longe de esgotar a análise do conjunto de variáveis que podem incidir sobre os cenários que se desenham para a educação brasileira na próxima década.


As notas demonstram de forma abreviada os resultados do processo de avaliação. Esta avaliação tem também uma função de controle, expressando o resultado em notas e conceitos. O autor fala também da importância de se valorizar todas as formas de avaliação, ou instrumentos, e não apenas a prova no fim do bimestre como grande nota absoluta, que não valoriza o processo. Propõe uma escala de pontos ensinando como utilizar médias aritméticas para pesos diferentes, por fim, mostra como se deve aproximar notas decimais.


CONCLUSÃO:A avaliação escolar é abordada em minúcias neste capitulo pelo autor. A avaliação é em última análise uma reflexão do nível qualitativo do trabalho escolar do professor e do aluno. Sabe-se também que ela é complexa e não envolve apenas testes e provas para determinar uma nota. Segundo o professor Cipriano C. Luckesi, a avaliação é uma análise quantitativa dos dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o professor na tomada de decisões. Os dados relevantes aqui se referem às ações didáticas. Com isto, nos diversos momentos de ensino a avaliação tem como tarefa: a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. Ela também cumpre pelo menos três funções no processo de ensino: a função pedagógica didática, a função de diagnóstico e a função de controle.
Lamentavelmente a avaliação na escola vem sido resumida a dar e tirar ponto, sendo apenas uma função de controle, dando a ela um caráter quantitativo. Certamente, com isto, os professores não conseguem efetivamente usar os procedimentos de avaliar. Com estas ações, quando a avaliação se resume a provas, professores com critérios onde décimos às vezes reprovam alunos, há a exclusão do professor do seu papel docente, que é de fornecer os meios pedagógico-didáticos para os alunos aprenderem sem intimidação. Uma das funções da avaliação é com certeza a de determinar em que nível de qualidade está sendo atendido os objetivos; para este fim, são necessários instrumentos e procedimentos adequados em realizá-la.


REFERÊNCIAS:

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola. Teoria e prática. 5ª Ed. Alternativa. Goiânia. 2004.
LUCKESI, Cipriano C. Elementos para uma Didática no Contexto de uma Pedagogia para a Transformação. In: Simpósios da III Conferência Brasileira de Educação . São Paulo: Loyola, 1984.
LUCKESI, Cipriano C. Planejamento, Execução e Avaliação no Ensino: a busca de um desejo. In: Avaliação da Aprendizagem Escolar . São Paulo: Cortez, 1995.
BOURDIEU,Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e a cultura. Aparecida Joly Gouveia (trad ). In: M. Nogueira e A. Catani(org.).RJ: Editora Vozes, 1998.

FREIRE,Paulo. A educação como prática da liberdade.Rio de Janeiro:Paz e Terra,1976.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

HARTMANN, Hélio Roque. Diálogo com Paulo Freire. Revista Profissão Docente. São Paulo: Loyola, 1979, PP.41-62.

LUCCI, Elian Alabi. É Difícil Ensinar. elian_alabi.tripod.com/- Em 02/ 10 / 2009 11:48

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